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Hildegarda de Bingen: na Idade das Trevas, uma Grande Luz

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Há 839 anos, no dia 17 de setembro, Hildegarda de Bingen, monja alemã beneditina, mística, teóloga, escritora, conhecedora da farmácia e da botânica, cosmóloga, compositora, que trocou cartas com papas, bispos, reis e imperadores, tornou-se ancestral.

Dentre seus escritos, o mais importante é “Scivias - Conhece os caminhos do Senhor: Scito Vias Domini”.

À ela, Hildegarda, o poema do Rev. Eduardo Henrique Alves, conhecido poeta Ribeiro Alves:

Hildegarda Von Bingen

SCIVIAS (a Hildegarda de Bingen)

Vi, no ventre

maduro e redondo

do criado, a Terra

(Tua filha), irmã nossa,

gestar O fruto

(Teu Filho): Senhor nosso.

Ela, toda formosa,

cobria-se (bela alegria)

da Luz mais pura,

enquanto à boca

comia tua Palavra

(doce fruto-fogo):

“Eis-me aqui, a Amada Tua”

Pois assim, Ele queria

que da carne criada

nascesse o não criado.

E da Terra virginal

(escandaloso absurdo;

de onde ninguém esperava)

germinar o Humano

Terra-Céu (Reino Vosso):

se entre lágrimas

fomos no início

dele expulsos,

entre sorrisos voltamos

a florir o céu,

por fim,

na Terra (seus frutos),

nossas irmãs e irmãos,

O

inconsútil Corpo.

(Ribeiro Halves)