12/02/2019 - Irmã Dorothy Vive!

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12 02 2019 DOROTHYA vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido... mas eles estão em paz. (Sb 3,1-3)
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Em Jesus Cristo somos um só corpo. São Paulo escreve que "também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada membro está ligado a todos os outros" (Rm 12, 5). É também em Cristo que firmamos e formamos a comunidade dos filhos e das filhas de Deus: a Igreja. Como membros da Igreja de Cristo, ecumenicamente, queremos fazer memória do Martírio da Irmã Dorothy Stang, Missionária Católica que teve sua vida ceifada por lutar, em nome de Cristo, para que a Justiça acontecesse para os mais pobres da floresta.
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COLETA PARA UM MÁRTIR.
Onipotente Deus, que deste à tua serva a ousadia de confessar o Nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo diante dos poderosos deste mundo, e a coragem de morrer por nossa fé. Concede que sempre estejamos prontos a
dar a razão da esperança que está em nós, e a sofrer alegremente por amor de nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Livro de Oração Comum, pág. 479 | Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

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O MARTÍRIO DE IR. DOROTHY STANG

Defensora de uma reforma agrária justa e consequente, Irmã Dorothy mantinha intensa agenda de diálogo com lideranças camponesas, políticas e religiosas, na busca de soluções duradouras para os conflitos relacionados à posse e à exploração da terra na Região Amazônica.

Dentre suas inúmeras iniciativas em favor dos mais empobrecidos, Irmã Dorothy ajudou a fundar a primeira escola de formação de professores na rodovia Transamazônica, que corta ao meio a pequena Anapu. Era a Escola Brasil Grande.

Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar intimidar-se. Pouco antes de ser assassinada declarou: «Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar.»

A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com seis tiros, um na cabeça e cinco ao redor do corpo, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu, no Estado do Pará, Brasil.

Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe ceifaram a vida, ao ser indagada se estava armada, Ir. Dorothy afirmou «eis a minha arma!» e mostrou a Bíblia. Leu ainda alguns versículos das bem aventuranças para aquele que logo em seguida lhe balearia.

No cenário dos conflitos agrários no Brasil, seu nome associa-se aos de tantos outros homens, mulheres e crianças que morreram e ainda morrem sem ter seus direitos respeitados.

O corpo da missionária está enterrado em Anapu, Pará, Brasil, onde recebeu e recebe as homenagens de tantos que nela reconhecem as virtudes heroicas da matrona cristã.

Texto: Iuri Lima (@Comunidade Anglicana de Manaus)
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